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Blog de Fernando Dinis
O novo disco do David Fonseca, Radio Gemini, esconde um segredo muito simples de desvendar, ainda que pareça inacessível a muitos outros artistas: divertimento. Já o sabíamos 'libertado' do comercialmente suposto, e agora, nessa liberdade criativa, vemo-lo a divertir-se.
Em Março será editado o meu novo disco Improvisações. Até breve.
Parece que o meu disco Arquivo é o segundo mais vendido na sua categoria na página da Bandcamp. Bom, bom, era eu não precisar de trabalhar mais. Mas depois ia ser uma chatice, só ter de escrever e compor e fazer fotografia. Não. Não vou deslumbrar-me com as vendas (que até ao momento não fariam uma almoçarada de sushi exótico numa cobertura de hotel). Ainda assim, quem tiver curiosidade que passe por lá e ouça um pouco. Quem gostar que compre, que isto anda mal para todos.
Uma nota para a pianista Kimiko Ishizaka que ocupa o primeiro lugar. A tocar Bach, também eu.
É com enorme satisfação que lanço o meu disco Arquivo. Poderia fazê-lo de inúmeras formas, mas acabei por escolher a mais actual, rápida e talvez a mais justa: Oferecê-lo gratuitamente para quem o quiser ouvir. Receber as vossas opiniões já será uma recompensa por todo o trabalho.
Um agradecimento especial ao José Almeida, pelos geniais arranjos na versão orquestral da Regeneração nº2, e ao Luís Ferreira, que esteve sempre disponível e nada me recusou nos trabalhos de masterização.
Para além do stream no Youtube, podem fazer o download gratuito em:
https://fernandodinis.bandcamp.com/releases
Futuramente, poderá ser encontrado no Meo Music, assim como no Spotify.
Agora cliquem, desfrutem e recebam um abraço.
Composição e Interpretação: Fernando Dinis
Versão Orquestral Regeneração nº2: José Almeida
Masterização: Luis Ferreira
Fotografia de Capa: Fernando Dinis
© Ⓟ 2016 Fernando Dinis Music
Há 25 anos. A banda sonora das minhas acrobacias em BMX, das tardes pós-escola a ensinar colegas a tocar guitarra, dos apalpanços, dos beijos atrás do pavilhão, dos primeiros cigarros, das primeiras cervejas e muitas pastilhas de mentol antes de chegar a casa. Obrigado Nevermind, pela nossa inocente rebeldia.
O álbum Nevermind dos Nirvana faz hoje 25 anos que foi editado.
Não são todos os dias que nos chegam discos assim. Uma das minhas pianistas favoritas, Hélène Grimaud, junta-se ao multifacetado Nitin Sawhney para um trabalho editado pela exigente Deutsche Grammophon. Um albúm conceptual, onde a escolha do reportório nos remete para o elemento Água. A princípio, subentendia-se que seria uma obra conjunta (tive receio em ouvir Lizst com arranjos étnicos), mas na audição conclui-se que cada um fez o seu trabalho; Hélène apresenta as peças de autores clássicos e Sawhney faz as respectivas transições, em curtas atmosferas sonoras (lembrando Eno e Hector Zazou). Ainda assim, é um disco homogéneo – as passagens do piano clássico para o digital não é dissonante; ouvimo-las com fluidez e sem sobressaltos. Hélène Grimaud habituou-nos a uma apurada técnica mas também a muita sensibilidade (ouça-se a sua interpretação do Concerto de Piano em Sol Maior de Ravel), e Nitin Sawhney a uma versatilidade invejável. Um disco para todos os gostos; dos puristas aos curiosos. Está disponível no MEO Music.
É, sem qualquer dúvida, o disco de jazz que mais vezes ouvi na vida. Ouço-o desde os meus quinze anos, gravado numa cassete Sony, felizmente de boa qualidade, que me acampanhou muito tempo. Foi banda sonora de muitas danças, devaneios, experimentações. Era uma loucura contida numa fita que eu recorria para me deslumbrar e agir desregradamente. Até que a cassete se perdeu, com os discmans, os minidiscs, os mp3. Andei à procura do disco, pensei em importá-lo da América, porque nem no youtube o encontrava. Queria reviver a doideira de Red Clay (14 minutos de jorro sonoro orgástico) e Sugar, mesmo ciente dos riscos de, com o passar dos anos, não experenciar as mesmas descargas diluvianas de free-style, beb-bop e outras fragâncias à mistura. Aconteceu-me uma coisa chamada MEO Music, uma espécie de Spotify, mas sem encargos e sem publicidade. Encontro tudo o que fez a minha infância e adoslecência felizes. No caso do California Concert, sugestão para todos, a magia manteve-se. Só não danço porque me faltam os cabelos compridos. E as pessoas do escritório estranhariam.