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Blog de Fernando Dinis
teu corpo uma flor aberta
estilete, sépalas e pétalas
eu todo sol a cobrir
repicam sinos
não são horas nem fogo
alguém nos deixa
a luz primeva
sol a abrir como uma flor
mantra de monge
chocam céus no horizonte
fica dia na noite mais escura
trovão a reverberar
corre um rio no teu corpo
todo o ar que respiras um lago
água clara e serena
sol de março, dia longo
plácida terra, o canto das aves
amendoeiras a florir
nimbo sobre o rio
nenhum horizonte, chuva ou água
os seixos do céu
mandala, tantas cores
aromas de um corpo tempestade
arco-íris os teus olhos
raízes, ramos de árvore
braços, dançam ao teu vento frágeis
é inverno que me trai
deste sopro vento em mim
todo o ar revolto a desmaiar-se
uno e perene sinto